14/07/2010

Criação de novos pontos de taxi gera polêmica

Proposta prevê mais 120 táxis e 15 novos pontos

Hoje, a proposta da prefeitura sobre a ampliação do serviço de táxi e criação de 15 pontos, em Florianópolis, será apresentada oficialmente à comissão executiva que cuida da questão. A ideia é aumentar a oferta de 258 para 378 táxis até o início da temporada de verão. Taxistas acham que o aumento é um exagero. Na próxima semana, a abertura dos envelopes revelará os vencedores da licitação.

De acordo com o secretário de Transportes, Mobilidade e Terminais, Juvencílio Souto, estudos feitos pela comissão, formada por integrantes da prefeitura, sindicato dos taxistas e Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) apontaram que 200 novos táxis seriam necessários para agilizar o serviço.

Para isso, foi elaborada uma proposta que deve colocar na rua 120 táxis novos até outubro, por meio da criação de 15 pontos e de 12 extensões (locais onde qualquer taxista pode pegar passageiro).
As licenças são disputadas, desde o início do ano, em concurso público que prevê a liberação de 120 placas em, no máximo três meses, e de outras 80 em até dois anos, sendo prorrogáveis pelo mesmo período.
Os primeiros classificados no processo poderão escolher em quais pontos preferem trabalhar. Eles têm até 90 dias para comprar e adequar os carros às exigências da legislação.

A reivindicação pela melhoria no serviço é antiga e recorrente em Florianópolis. O procurador jurídico Rodrigo Graciosa lembra que não houve investimentos no setor nos últimos 30 anos. Conforme a Associação dos Taxistas de Florianópolis e São José, a morosidade do trânsito e a média de 1,8 mil habitantes para cada táxi fazem com que cerca de 10 a 12 pessoas que conseguem ligar para a central deixem de ser atendidas por dia.

– É evidente que há pouco táxi e que precisamos melhorar o atendimento. Mas estamos preocupados porque o aumento é exagerado. Acreditamos que 99 táxis seja um número ideal – afirmou o vice-presidente do Sindicato de Taxistas da Grande Florianópolis, João Elídio Costa.

Apesar de discordar do número sugerido, o sindicato não pretende embargar a licitação ou entrar com recurso contra o processo, afirmou Costa. Ele acredita que será possível encontrar um meio-termo nas negociações porque a diferença é pequena.

Depois da abertura dos envelopes, o Ipuf determinará a localização exata dos pontos. As proximidades dos pontos já foram reveladas (confira aqui), mas a exatidão só será conhecida depois que forem feitas análises da engenharia de tráfego, que leva em consideração vagas para deficientes físicos e recuos, entre outros itens.


Matéria: Diário Catarinense     Imagens: Diogo Carvalho

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