01/12/2010

Problemas no Terminal Rodoviário Rita Maria

Goteiras e pedaços de granito e argamassa que estão se desprendendo das paredes e do teto. Esses são apenas alguns dos problemas do Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis.


Obras emergenciais
 
O prédio do terminal, uma das portas de entrada da Capital catarinense, deve passar por obras emergenciais. De acordo com a Defesa Civil, trata-se de reparos pontuais de prevenção que, se feitos rapidamente, não representam perigo aos usuários.

O Deter, que administra o local, constatou a precariedades na infraestrutura do prédio e solicitou que a Defesa Civil fizesse vistorias. Depois de dois laudos técnicos — um do Deter e outro da prefeitura — um decreto foi assinado pelo prefeito Dário Berger concluindo que o terminal necessita de reparos urgentes para garantir a segurança dos usuários. — São questões bem pontuais, que não afetam a estrutura do prédio — garante Maximo Porto Seleme, diretor da Defesa Civil Municipal.

O custo dos reparos está estimado em, aproximadamente, R$ 700 mil, e as obras, que devem durar 45 dias, estão previstas para começar no final de dezembro. — Nosso medo é que pedaços de um centímetro que já caíram da argamassa não virem pedaços maiores que possam machucar alguém. É um trabalho de prevenção, e o terminal não vai ser interditado durante os reparos — explica Seleme.

Desde que foi fundado há 29 anos, a estrutura do prédio nunca passou por uma reforma, apenas reparos foram feitos nos banheiros, restaurante e lanchonetes. As 170 telhas, que pesam 37 toneladas cada uma, apresentam desgaste natural em decorrência da localização do edifício.

Segundo Seleme, a maresia (vento com salitre), típica de áreas perto ao mar, exige que a manutenção seja feita periodicamente, o que nunca foi feito. Para o presidente do Deter, Altamir José Paes, o Estado não tem competência para administrar o Terminal Rodoviário Rita Maria. — O Estado não está preparado e, por isso, o local não tem a manutenção que deveria ter. Foi uma situação de comodismo em que ninguém se comprometeu com a segurança do lugar. A saída é abrir uma concessão para a iniciativa privada, que teria melhores condições de administrar o terminal — afirma.
Apesar do caráter emergencial das obras, Altamir Paes garante que os usuários e trabalhadores do terminal não correm risco de se machucarem.

Segurança também preocupa
 
A falta de segurança no Terminal Rita Maria é apontada por usuários, lojistas e Deter como um dos principais problemas no local. Com uma área de mais de 15 mil metros quadrados, apenas dois vigilantes cuidam da segurança durante a madrugada, das 19h às 7h.
De dia, um vigilante fica no estacionamento. De acordo com o gerente do Deter, Nildo Teixeira, não se vê policial fardado dentro do Rita Maria: — Não adianta tapar o sol com a peneira, pois segurança aqui realmente não existe — lamenta.

Ele explica que há um uma companhia da Polícia Militar no anexo do terminal, mas não há apoio na segurança para os usuários. O taxista Jurandir Acelino, 59 anos, também afirma que não há policiamento. — A segurança aqui é problemática. Só vejo PM aos domingos para multar os carros — conta Jurandir.

De acordo com o comandante da área central de Florianópolis da Polícia Militar, tenente Vieira, cinco policiais fazem a ronda preventiva. À noite, são mais dois que cuidam da segurança no terminal: — Em um ano, somente duas ocorrências criminais foram registradas no Rita Maria. Aqui não há mais concentração de pedintes e moradores de rua, que usavam os espaços para dormir. Para mim, o terminal é quase uma fortaleza — diz.

Segundo piso em melhores condições
 
As lojas do segundo piso do Rita Maria pouco se parecem com os estabelecimentos que ocupam o andar de baixo. Se no andar térreo, a reclamação de quem trabalha diariamente no local é, principalmente, quanto às goteiras, no piso superior a vendedora Mari Pereira, 30 anos, diz que nem sabia que a rodoviária tinha esse problema: — Aqui em cima não tem goteira.

O segundo piso, que, ao contrário das outras lojas da rodoviária, está decorado com enfeites de Natal, é preparado para receber duas plataformas elevatórias para garantir acessibilidade. Elas já foram compradas e devem estar funcionando a partir do dia 15. Os equipamentos foram adquiridos por causa das salas que vão abrigar órgão públicos. Após essa transferência, 20 mil pessoas devem circular diariamente pelo terminal.


Fonte: Diário Catarinense(confira vídeos sobre a matéria)     Divulgação: No Trajeto

2 comentários:

  1. Realmente a segurança é um ponto crítico no Rita Maria. É cheio de desocupado mais folgado que colarinho de palhaço que fica vagando por lá de olho grande tentando aproveitar algum descuido para roubar. É um grande desperdício ter PM só em salinha com ar condicionado, eles tem que fazer a ronda pelo terminal de forma ostensiva (ou talvez até uns policiais à paisana para pegar os malandros no pulo, já que com uma presença ostensiva da polícia eles iriam procurar outros pontos mais fáceis para roubar).

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  2. Banheiros masculino fechado , o que tem no desembarque é pago , fui abordado
    por varios desclassificados me oferecendo apartamentos e pousadas , e carros de
    aluguel , pessoas mal cheirosas , certamente não devem ser "funcionários " desse terminal , presenciei , discussão entre 2 , porque tinham abordado uma pessoa e o outro dizia que era sua vez , quase não consegui sair desse terminal , em resumo é um local sem comando , e a legitima casa da sogra
    VERGONHA PARA UMA CIDADE QUE SE DIZ'TURISTICA'

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